🔹 O que é o viver? O que é o vir-a-ser? Talvez indagações constantes sobre a experiência das relações humanas e sobre sua performance expressiva, ou seja, a linguagem em particular.
🔹 Os fenômenos da percepção abordam o ato e a indicação de algo externo ao sujeito, situa-se na rede de relações entre relações que interconecta e implica uma permanente renovação mínima entre o ser e o meio, um sistema dinâmico de constante variações.
🔹 A experiência do observador, experiência perceptiva, é uma experiência que se vive como válida, sempre a posteriori do ocorrido. O observar é uma tarefa distinta da experiência de explicar, relatar, narrar, ou seja, uma coisa é a experiência e outra é a explicação da experiência.
🔹 A explicação se dá na linguagem, no discurso. Então, sua validade não depende do explicador e sim de quem aceita a explicação. Há diferentes modos de aceitar reformulações da experiência, pode-se estar em uma suposta realidade diferente daquela do explicador, são visões distintas da mesma suposta realidade.
🔹 A responsabilidade social e ética de ações tem a ver com o interesse pelas consequências de ações na vida de outros seres humanos, considerações que impactam a configuração da composição de um contexto histórico de vida coletiva. Teias ou sistemas sócio simbólicos de orientação da conduta, valores coletivamente tecidos e veiculados na constituição dos atos linguísticos, práticos e estéticos dos agentes observadores.
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*Propondo reflexões a partir de uma seleção de anotações e recortes sobre textos.