O PRÓPRIO

Na jornada de compreender e dar significado ao mundo, nos deparamos com o berço da experiência vivida e do conceito cultural. A construção desses modos intensifica nossos sentidos, reorganizando nossa noção de tempo e espaço.

Nosso campo perceptivo delineia como nos relacionamos e nos conectamos com o que percebemos, moldando nossa experiência. Significar o mundo nos leva a repensar como representamos, a partir do campo simbólico, nossas experiências e interesses.

Revisitar nossas maneiras de ver o mundo amplia nossas perspectivas, permitindo a integração de novas referências e experiências. Romper com narrativas predefinidas nos desafia a repensar nossa percepção do vivido.

Assim, mergulhamos em um universo perceptivo que molda como sentimos, pensamos e damos significado ao mundo ao nosso redor.

Preparamos um resumo topológico desta temática:

Releitura Topológica baseada no texto:

A construção dos modos de perceber e significar o mundo inquire-se a definição do berço do sentido da experiência vivida e do conceito do ponto de vista de manifestações culturais, em que a construção intensifica os estímulos sensoriais e favorece a reorganização das noções de temporalidade e territorialidade dos eventos.

🔹 O campo perceptivo demarca os modos de sensibilidade sobre as relações e afinidade com o percebido, um certo aparato de instâncias de experiência vivida na direção de impactos ou não da significação do implicado do campo perceptivo.

🔹 Significar o mundo conduz a uma radical mudança nos fundamentos da reflexão do que faz sentido em determinado modo de representar o vivido, mundo do simbólico, a partir de uma construção própria do experimentar, do que se diz de interesses ou de posicionamentos que se queira assumir do modo de viver e do vivido.

🔹 Reelaborar as maneiras diversas que ocupam os interesses de cada um, pesa a busca da articulação da potencialização da disposição crítica dos impensados do cotidiano na construção de um discurso do vazio na possibilidade da integração na direção de novas referências teórica e vivenciais do experimento do novo.

🔹 Ruptura com a temporalidade e territorialidade da narrativa do produzir experiência com uma trajetória de experimentação do que é do outro, onde aspectos impensados do per si inexistem, urgência do problematizar de sua própria percepção do vivido.

🔹 Instala-se uma morada perceptiva de modo de sentir, pensar e significar o próprio do vivido e percebido no mundo.

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*Propondo reflexões a partir de uma seleção de anotações e recortes sobre textos.

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