Pular para o conteúdo

NOSSO TEMPO

    Em todas as épocas, as sociedades desenvolveram maneiras de construir suas histórias, ouvindo e contando memórias e fatos. O estudo da história envolve uma ligação afetiva com o passado e uma análise crítica dos registros, destacando as diferenças entre diferentes visões e percepções. 
    
    A questão que se apresenta é a relação entre o conhecimento presumido e o princípio da autoridade, que questiona os limites entre fatos históricos e os registros literários. A autonomia do conhecimento se manifesta na crítica das diferentes interpretações do passado, demarcando o que é relevante e significativo em diferentes correntes de pensamento histórico. 
    
    A reflexão histórica considera a importância dos registros documentais, pois ao escrever história, selecionamos épocas e eventos como relevantes, influenciados por diferentes perspectivas. Questionar esses limites e buscar inspiração no pensamento crítico são significantes para uma abordagem com uma ética que problematiza o conhecimento histórico, evitando o absolutismo e reconhecendo a história como uma construção complexa e em constante evolução.
    
    Preparamos um resumo topológico desta temática:

    Releitura Topológica baseada no texto:

    As sociedades sempre conviveram de algum modo com formas de construção da história da sociedade, métodos de ver e ouvir as elaborações e memórias ao narrar fatos.

    🔹 O estudo da história se desdobra numa relação afetiva com os fatos do passado e numa crítica documental no que adverte o fato do registro na marca de divergências em relação a diferentes registros e percepções.

    🔹 Problemática da relação do suposto conhecimento com o princípio da autoridade que discute os limites dos territórios literários documentais.

    🔹 Autonomia do conhecimento no exercício da crítica nas divergências de intenções de leituras do passado, no que se considera o estabelecimento do que se estabelece como medida das referências das vertentes de pensamentos históricos.

    🔹 Objeto da reflexão histórica considera o ponto de vista observado na pretensão da relevância do registro documental, pois na arte de escrever a história demarca-se épocas, fatos, tomados como relevantes e significantes diante dos matizes de ponto de vista.

    🔹 Problematizar os limites e encontrar a perspectiva da inspiração no pensamento dos sentidos como fim de uma busca da ponderação e do prudente domínio de uma ética da razão ou da arte das ideias no processo do campo do conhecimento histórico, assume uma posição de crítica ao absolutismo, ou seja, problematiza o estudo e o registro da história como um ideal que se apresenta como a verdade do conhecimento e do saber na ética do civismo.

    Referências Bibliográficas

    ADORNO, T.W. 2001. Mínima moralia. Lisboa, Edições 70.
    BÉDARIDA, F. 1998. As responsabilidades do Historiador expert. In: J. BOUTIER; D. JULIA (orgs.), Passados recompostos: campos e canteiros da História. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ – Ed. FGV.
    DE CERTEAU, M. 1982. A escrita da história. Rio de Janeiro, Forense Universitária.
    FEBVRE, L. 1978. O problema da descrença no século XVI. In: C.G. MOTA (org.), Lucien Febvre. São Paulo, Ática. (Col. Grandes Cientistas Sociais, 2).
    FINLEY, M.I. 1989. Usos e abusos da história. São Paulo, Martins Fontes.
    GUIMARÃES, M.L.S. 2003. A cultura histórica oitocentista: a constituição de uma memória disciplinar. In: S.J. PESAVENTO (org.), História cultural: experiências de pesquisa. Porto Alegre, Ed. UFRGS.
    JASPERS, K. 1989. Ciência e verdade. O que nos faz pensar. Rio de Janeiro, v. 1, junho.
    JASPERS, K. s.d. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo, Cultrix.
    KOSELLECK, R. 1999. Crítica e crise. Rio de Janeiro, Contraponto.
    LA TAILLE, Y. de. 2006. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. São Paulo, Artmed.

    *Propondo reflexões a partir de uma seleção de anotações e recortes sobre textos.

    Deixe uma resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *