A identificação de uma construção social envolve diferentes significados que dependem do contexto em que estão inseridos. Esses variam ao longo da história e abrangem várias áreas do conhecimento, ligando-se às relações que fazem parte da vida diária. A estrutura psíquica é parte da singularidade de cada sujeito, moldada pelo contexto em que vivem e pelas diferentes ideias e conceitos presentes nesse contexto. Essas reflexões desafiam a investigação nos campos da Antropologia, Filosofia, Sociologia e outras Ciências Humanas, que compartilham a ideia de desenvolvimento gradual da autonomia individual através da interação social. A diversidade de abordagens nos permite refletir sobre como interpretamos a sociedade e as relações sociais, reconhecendo a existência tanto de um "eu" individual quanto de um ser social com seus laços sociais. A sociedade não é algo estático, mas está sempre mudando, o que nos leva a considerar diversas possibilidades e alternativas. É importante articular conceitos aparentemente contraditórios, como objetividade e subjetividade, para entender melhor a complexidade das relações sociais. Preparamos um resumo topológico desta temática:
Releitura Topológica baseada no texto:
🔹 Aspectos conceituais e contextuais implicam na concepção da identificação de uma construção social, polissemias que circunscritas ao contexto lhe conferem sentidos.
🔹 A multiplicidade de sentidos e terminologias atravessam ao longo da história num mesmo período, diversidades de áreas de conhecimento enquanto processualidade histórica que vincula os conjuntos das relações que permeiam a vida cotidiana.
🔹 Reflexões exigem a circunscrição do momento atual do mundo globalizado, a fim de explicitar novas bases sobre as quais se articula o pessoal e o social na contemporaneidade.
🔹 Estrutura psíquica é um dos constitutivos da singularidade do sujeito histórico enquanto sujeito social, inserido num contexto sócio histórico marcado por uma intensa diversidade conceptual que continua o sujeito a inúmeras variações.
🔹 Desafia e reflete a complexidade nos mais variados campos do conhecimento, como a Antropologia, Filosofia, Sociologia, campo das Ciências Humanas que em comum compartilha a noção de desenvolvimento, marcado por estágios crescentes de autonomia como produto da socialização.
🔹 Diante dessa diversidade de predicativos da problemática é possível fazer reflexões sobre a concepção subjacente à interpretação que é tecida resultando numa configuração na qual se capta o homem inserido na sociedade, bem como à dinâmica das relações sociais coexistindo independentemente e/ou separadamente um “eu” e um ser humano que se relaciona com outros seres humanos.
🔹 O contexto social fornece as condições para os mais variados modos e alternativas múltiplas e mutáveis; a sociedade não é vista como algo pronto e acabado, mas como elementos que estão em constante transformação, condição da plasticidade, entendida como capacidade de projetar mundos, “o devir” na forma de possíveis condições objetivas para se transformar.
🔹 Objetividade e subjetividade, ocultação e revelação, humanização e desumanização, mesmice e mesmidade, é necessário articular essas dimensões aparentemente contraditórias a fim de constituir a problematização como a noção de um conjunto de caracteres que fazem reconhecer a “diferença” como pertencente.
Referências Bibliográficas
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Morin, E. (1973). O paradigma perdido: a natureza humana (4 ed.), Portugal: Nova
América.
*Propondo reflexões a partir de uma seleção de anotações e recortes sobre textos.